Qual Melhor Guitarra Strato? Guia Custo-Benefício

Leandro Almeida Leblanc
Leandro Almeida Leblanc
11 min. de leitura

Escolher a guitarra Stratocaster certa é um passo fundamental para qualquer músico. O modelo é um ícone, conhecido por sua versatilidade e timbre estalado, mas a variedade de opções no mercado pode confundir.

Este guia analisa em detalhes os 10 melhores modelos de Stratocaster com bom custo-benefício, comparando construção, captadores e tocabilidade. Nosso objetivo é ajudar você a encontrar o instrumento perfeito para seus primeiros acordes ou para dar um salto de qualidade no seu equipamento.

Como Escolher Sua Primeira Guitarra Strato?

Antes de decidir, avalie alguns pontos. O primeiro é o seu orçamento. Guitarras de entrada são ótimas para começar, mas modelos intermediários oferecem melhor construção e som. Pense no seu estilo musical: o timbre clássico dos captadores single coil é perfeito para blues, rock clássico e pop, mas pode sofrer com ruídos em estilos mais pesados.

A tocabilidade também é essencial. Um braço confortável e trastes bem acabados facilitam o aprendizado e a execução de técnicas. Verifique a qualidade das tarrachas e da ponte, pois elas são responsáveis por manter a afinação estável.

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Análise das 10 Melhores Guitarras Strato

1. Tagima TG-520 Stratocaster Preta DF BK

A Tagima TG-520 se posiciona como uma escolha sólida para quem busca um instrumento confiável sem gastar muito. Construída com corpo em basswood, a guitarra é leve e confortável, uma vantagem para longas sessões de estudo.

O braço em maple com perfil em "C" é padrão na indústria e agrada a maioria dos guitarristas. A escala escura em technical wood oferece um visual clássico e uma pegada macia. O acabamento, no geral, supera as expectativas para sua faixa de preço, com uma pintura bem aplicada e componentes decentes.

Esta guitarra é a escolha ideal para o iniciante que leva os estudos a sério. Seus três captadores single coil cerâmicos entregam o timbre estalado característico de uma Strato, sendo versátil para limpar sons de funk e blues até drives de rock.

A ponte tremolo, embora funcional, exige moderação no uso da alavanca para não comprometer a afinação. Para quem está começando e quer um instrumento que não vai limitar seu progresso inicial, a TG-520 oferece um pacote completo e com a credibilidade da marca Tagima.

Prós
  • Ótimo custo-benefício para iniciantes.
  • Corpo leve em basswood, confortável para tocar.
  • Bom padrão de acabamento para a categoria.
  • Timbre clássico de Strato com seus três captadores single coil.
Contras
  • A ponte tremolo pode causar instabilidade na afinação com uso intenso.
  • Captadores cerâmicos podem soar um pouco finos com alta distorção.

2. Tagima TG-530 Strato Escala Clara OWH

A Tagima TG-530 representa um degrau acima da série 520, sendo um dos modelos mais populares do Brasil. A principal diferença está na qualidade dos componentes e na atenção aos detalhes.

O corpo é geralmente feito de basswood ou poplar, mantendo o instrumento leve. A grande atração aqui é o braço em maple com escala clara, que não só confere um visual vintage, mas também adiciona um pouco mais de brilho e ataque ao timbre.

Os captadores, também da Tagima, são um pouco mais refinados que os da sua irmã mais barata, oferecendo melhor definição.

Para o guitarrista intermediário ou o iniciante que pode investir um pouco mais, a TG-530 é imbatível. Ela serve como uma excelente plataforma para futuros upgrades, mas já sai de fábrica pronta para ensaios e pequenas apresentações.

A tocabilidade é seu ponto forte, com um braço rápido e confortável. Se você busca o som clássico de John Mayer ou Eric Clapton com um orçamento controlado, a combinação de madeiras e os captadores single coil da TG-530 entregam essa sonoridade com competência.

Prós
  • Excelente tocabilidade e conforto do braço.
  • Visual clássico com escala clara em maple.
  • Captadores com melhor definição que modelos mais básicos.
  • Ótima base para upgrades futuros.
Contras
  • O nut (pestana) de plástico pode prender as cordas, sendo um bom item para upgrade.
  • Ainda sofre com ruído típico dos single coils em ambientes com interferência elétrica.

3. Giannini G-100 Strato Sunburst

A Giannini G-100 é a aposta de uma das marcas mais tradicionais do Brasil no mercado de guitarras de entrada. Com um corpo em basswood e braço em maple, ela segue a fórmula clássica para um instrumento acessível.

O acabamento sunburst é bem executado, dando à guitarra uma aparência de um modelo mais caro. A G-100 é equipada com três captadores single coil cerâmicos e uma chave de cinco posições, permitindo explorar as combinações clássicas de timbre de uma Strato.

Esta guitarra é perfeita para quem está dando os primeiros passos e quer um instrumento funcional com a chancela de uma marca histórica. Ela não se propõe a competir com modelos intermediários, mas cumpre bem seu papel de primeira guitarra.

O som é adequado para estudos, cobrindo uma boa gama de estilos musicais. Para o estudante que procura o visual icônico de uma Stratocaster sunburst e não quer errar na escolha, a G-100 oferece segurança e um preço muito competitivo.

Prós
  • Preço muito acessível, ideal para o orçamento mais curto.
  • Visual clássico com acabamento sunburst.
  • Marca tradicional e confiável no mercado nacional.
  • Versatilidade dos três captadores single coil.
Contras
  • As tarrachas podem não segurar a afinação tão bem quanto modelos superiores.
  • Acabamento dos trastes pode exigir uma leve lixada para maior conforto.

4. Memphis MG-30 Strato Escala Escura SB

A Memphis MG-30 é a linha de combate da Tagima para o segmento super econômico. Projetada para ser a primeira guitarra de muitos músicos, ela foca no essencial. O corpo é feito de basswood, o braço em maple e a escala escura.

A construção é simples, mas funcional. Os componentes, como as tarrachas e a ponte, são básicos e projetados para manter o custo baixo. O acabamento sunburst (SB) dá um toque de classe ao instrumento.

Se você tem um orçamento extremamente limitado ou está comprando uma guitarra para uma criança ou para descobrir se a música é para você, a MG-30 é a escolha certa. Ela oferece a experiência de tocar em uma Stratocaster sem exigir um grande investimento.

Os captadores single coil entregam um som usável para estudo, mas não espere a definição ou a ausência de ruídos de modelos mais caros. É um ponto de partida honesto, que cumpre o que promete: colocar uma guitarra funcional nas suas mãos pelo menor preço possível.

Prós
  • Uma das opções mais baratas do mercado.
  • Design Stratocaster clássico.
  • Leve e fácil de manusear, boa para iniciantes jovens.
  • Marca de entrada da Tagima, o que garante um mínimo de controle de qualidade.
Contras
  • Componentes (tarrachas, ponte) de qualidade básica.
  • Os captadores são ruidosos e carecem de clareza.
  • Exige uma regulagem profissional para se tornar mais confortável.

5. PHX ST-2 Strato Vintage Olympic White

A PHX ST-2 se destaca no mercado de entrada pelo seu apelo visual. A cor Olympic White com escudo tortoise (casco de tartaruga) e escala escura cria uma estética vintage que agrada muito.

A construção segue o padrão com corpo em basswood e braço em maple. Os três captadores single coil são cerâmicos, como esperado nesta faixa de preço, oferecendo o timbre característico do modelo.

A ponte tremolo é do tipo síncrona, com 6 parafusos.

Este modelo é para o guitarrista que valoriza a estética tanto quanto a funcionalidade. Se você quer uma guitarra de iniciante que pareça um instrumento vintage customizado, a PHX ST-2 é uma opção atraente.

Em termos de som e tocabilidade, ela compete diretamente com a Giannini G-100 e a Memphis MG-30. É uma guitarra para estudo e para os primeiros passos, que se sobressai pelo seu visual diferenciado.

Uma regulagem inicial é recomendada para extrair o melhor da sua tocabilidade.

Prós
  • Visual vintage muito atraente.
  • Preço competitivo para iniciantes.
  • Configuração SSS versátil para diversos estilos.
  • Boa opção para quem busca uma guitarra estilosa para começar.
Contras
  • A qualidade das ferragens é apenas básica.
  • O som dos captadores pode ser magro e sem corpo.
  • O controle de qualidade pode variar entre unidades.

6. Strinberg STS100BKS Strato Preta Fosca

A Strinberg STS100 ousa ao trazer um acabamento preto fosco (Black Satin) para o mercado de entrada, uma estética mais moderna e agressiva. A configuração HSS (um captador humbucker na ponte e dois single coils) a diferencia da maioria das concorrentes, que costumam usar a formação SSS.

O corpo é de basswood e o braço de maple com escala em technical wood. O humbucker na ponte é um grande atrativo, pois permite tocar com mais distorção sem o ruído típico dos single coils.

Para o guitarrista iniciante que pretende tocar rock, hard rock ou outros estilos que exigem mais ganho, a Strinberg STS100 é a escolha mais inteligente. O captador humbucker na ponte oferece um som mais cheio e potente, ideal para riffs e solos pesados.

Ao mesmo tempo, os captadores single do meio e do braço mantêm a versatilidade para sons limpos e estalados. É a guitarra mais versátil desta lista para quem transita entre o som limpo clássico e o rock pesado.

Prós
  • Configuração HSS, extremamente versátil para rock e estilos pesados.
  • Acabamento preto fosco com visual moderno.
  • Humbucker na ponte reduz o ruído em sons com alta distorção.
  • Bom preço pela versatilidade sonora oferecida.
Contras
  • O humbucker da ponte pode não ter a definição de modelos mais caros.
  • A qualidade geral dos componentes é de entrada.

7. Memphis MG-30 Elétrica Sunburst

Esta é outra variação da Memphis MG-30, o cavalo de batalha da Tagima para iniciantes. A construção é idêntica ao outro modelo MG-30 analisado, com corpo em basswood, braço em maple e três captadores single coil.

O que a diferencia, muitas vezes, é o pacote em que é vendida, por vezes incluindo acessórios como cabo ou capa, e a cor específica do acabamento Sunburst disponível. É um instrumento sem frescuras, focado em entregar o essencial por um preço baixo.

O público para esta guitarra é o mesmo: o iniciante absoluto. Se você encontrar este modelo em um kit com amplificador, cabo e correia, pode ser um excelente ponto de partida para quem não tem nenhum equipamento.

Ela oferece o formato e a sensação de uma Stratocaster, permitindo que o aluno desenvolva as técnicas básicas. Não espere um desempenho de palco, mas para estudo no quarto, ela é mais do que suficiente.

Prós
  • Preço extremamente baixo, acessível para todos.
  • Frequentemente vendida em kits para iniciantes.
  • Construção simples e funcional para aprendizado.
  • Leve e confortável para iniciantes.
Contras
  • Afinação instável, especialmente com o uso da alavanca.
  • Captadores básicos com bastante ruído e pouca definição.
  • Necessita de regulagem para uma boa tocabilidade.

8. Seven SGT-207 Strato Canhoto Preta com Bag

Encontrar guitarras para canhotos no mercado de entrada é um desafio, e a Seven SGT-207 preenche essa lacuna. Este modelo oferece uma construção padrão de Strato, adaptada para canhotos.

Ela vem com corpo em basswood, braço em maple e a configuração clássica de três captadores single coil. Um diferencial importante é a inclusão de uma bag (capa), um acessório essencial que normalmente precisa ser comprado separadamente.

Esta guitarra é a solução para o guitarrista canhoto iniciante que busca uma opção acessível e pronta para usar. A inclusão da bag é um grande bônus, facilitando o transporte para aulas ou ensaios.

A qualidade de construção e os componentes são compatíveis com sua faixa de preço, competindo com outras marcas de entrada. Para quem é canhoto e se sentia limitado nas opções, a SGT-207 é uma lufada de ar fresco, permitindo começar a tocar sem adaptações ou gastos excessivos.

Prós
  • Modelo específico para canhotos, uma raridade no mercado de entrada.
  • Inclui bag, um ótimo valor agregado.
  • Preço competitivo.
  • Configuração SSS clássica e versátil.
Contras
  • Qualidade dos componentes eletrônicos e ferragens é básica.
  • Disponibilidade pode ser limitada.
  • Pode precisar de uma regulagem completa para melhor tocabilidade.

9. Giannini G-102 Strato Preta

A Giannini G-102 é uma variação da G-100, trazendo a configuração de captadores HSS (humbucker na ponte, dois single coils) para a linha de entrada da marca. Esta mudança torna a guitarra mais versátil, especialmente para quem gosta de sons com mais distorção.

O corpo é feito de basswood, o braço de maple e a escala escura. O acabamento preto sólido confere um visual sóbrio e elegante ao instrumento.

Assim como a Strinberg STS100, a Giannini G-102 é ideal para o iniciante que gosta de rock e metal. O captador humbucker na ponte oferece o peso e a sustentação necessários para esses estilos, enquanto os single coils cuidam dos sons mais limpos e clássicos.

Se você está em dúvida entre uma Strato tradicional e uma guitarra para sons mais pesados, a G-102 oferece o melhor dos dois mundos em um pacote acessível e com a confiança da marca Giannini.

Prós
  • Configuração HSS aumenta a versatilidade sonora.
  • Ótima opção de entrada para quem quer tocar rock.
  • Preço acessível.
  • Marca com longa tradição no mercado brasileiro.
Contras
  • Ferragens e eletrônica são de nível básico.
  • O humbucker pode soar um pouco indefinido com ganho muito alto.
  • Acabamento dos trastes pode ser inconsistente.

10. Waldman ST-111 Strato Branca

A Waldman ST-111 é mais uma competidora no segmento de guitarras ultracessíveis, focada em ser a porta de entrada para novos músicos. Ela segue a receita tradicional: corpo em basswood, braço em maple com escala escura e três captadores single coil.

O design é o clássico Stratocaster, com um acabamento branco que agrada a muitos. A proposta é simples: oferecer uma guitarra funcional pelo menor preço possível.

Esta guitarra é destinada ao iniciante com orçamento muito restrito ou para quem quer apenas experimentar o instrumento antes de um investimento maior. Ela cumpre a função de permitir o estudo de acordes, escalas e músicas simples.

A qualidade geral é compatível com seu preço, então é importante ter expectativas realistas. Para se tornar um instrumento verdadeiramente confortável, uma visita a um luthier para regulagem é quase obrigatória.

Prós
  • Preço extremamente baixo.
  • Design Stratocaster icônico.
  • Leve e de fácil manuseio.
  • Funcional para os primeiros estudos.
Contras
  • Controle de qualidade pode ser uma loteria.
  • Componentes de baixa durabilidade.
  • Som dos captadores é fino e com muito ruído.

Captadores: O Coração do Timbre Strato

O som de uma Stratocaster é definido por seus captadores. A maioria dos modelos usa três captadores single coil (bobina simples), responsáveis pelo timbre estalado, brilhante e com ótimo ataque, famoso em estilos como blues, funk e surf music.

O ponto negativo é o ruído (hum) de 60 ciclos, que fica mais evidente com distorção. Modelos com configuração HSS (um humbucker na ponte) são mais versáteis. O humbucker (bobina dupla) cancela o ruído e oferece um som mais gordo e potente, ideal para rock e metal, sem perder a característica dos single coils nas outras posições.

Madeiras do Corpo e Braço: O Que Muda no Som?

A madeira influencia o peso, o sustain (duração da nota) e o timbre da guitarra. Nas guitarras de entrada, o corpo é quase sempre de basswood ou poplar. São madeiras leves com uma resposta tonal equilibrada, o que as torna uma escolha econômica e eficaz.

O braço é predominantemente feito de maple, uma madeira densa e dura que contribui para o brilho e o ataque do som. Essa combinação de basswood/poplar no corpo e maple no braço é a fórmula testada e aprovada para uma guitarra Strato de bom custo-benefício.

Escala Clara ou Escura: Qual a Diferença Real?

A escala é a superfície do braço onde você pressiona as cordas. A diferença entre clara e escura é tanto estética quanto sutilmente sonora. A escala clara é feita de maple, a mesma madeira do braço.

Ela tende a produzir um som com um pouco mais de ataque e brilho. A escala escura pode ser feita de diversas madeiras, como rosewood, pau-ferro ou, em modelos mais baratos, composites como technical wood.

Ela tende a ter um som um pouco mais quente e macio. A diferença no toque também é notável: a escala de maple tem um acabamento em verniz, enquanto as escuras costumam ter um toque mais natural, de madeira crua.

A escolha é, em grande parte, uma questão de preferência pessoal.

Perguntas Frequentes

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