Qual Melhor Baixo de 6 Cordas: Ativo ou Passivo?

Leandro Almeida Leblanc
Leandro Almeida Leblanc
11 min. de leitura

Escolher um baixo de 6 cordas expande suas possibilidades musicais, adicionando tanto profundidade com a corda B grave quanto melodia com a corda C aguda. Este guia definitivo te ajuda a encontrar o instrumento ideal.

Analisamos 9 dos melhores baixos de 6 cordas disponíveis, explicando as diferenças cruciais entre os circuitos ativo e passivo. Você vai descobrir qual modelo se encaixa perfeitamente no seu estilo musical e no seu orçamento.

Ativo vs. Passivo: O Que Define o Timbre do Baixo?

A principal diferença entre um baixo ativo e um passivo está na eletrônica. Um baixo ativo possui um pré-amplificador interno, alimentado por uma bateria de 9V. Isso permite que você tenha controles de equalização (graves, médios e agudos) diretamente no instrumento.

O resultado é um som com mais saída, brilho e versatilidade, ideal para estilos modernos como pop, gospel e metal. Você molda seu timbre antes mesmo de chegar ao amplificador.

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Já o baixo passivo não tem pré-amplificador. Seu som é mais orgânico e dinâmico, respondendo diretamente à força com que você toca as cordas. Os controles são mais simples, geralmente um ou dois volumes e um controle de tonalidade que corta os agudos.

Este tipo de baixo é a escolha para quem busca um timbre vintage, clássico, muito usado no rock, blues e soul. O som final depende mais da qualidade do seu amplificador e dos seus pedais.

Análise: Os 9 Melhores Baixos de 6 Cordas

1. Tagima XB-21 Classic Series Passivo Natural

O Tagima XB-21 é um excelente ponto de partida para quem deseja explorar o mundo dos baixos de 6 cordas sem um grande investimento. Com corpo em Basswood e braço em Maple, sua construção é simples e funcional.

O circuito passivo, com dois captadores no estilo Jazz Bass, entrega um timbre clássico e articulado. A resposta é direta e honesta, ideal para estudar a dinâmica e a articulação exigidas por um instrumento de alcance estendido.

Este baixo é a escolha certa para o músico iniciante ou para o baixista experiente que procura um instrumento secundário com som passivo. Se você toca rock, blues, ou gêneros que valorizam um timbre mais cru e orgânico, o XB-21 oferece a plataforma perfeita.

Sua simplicidade é sua força: conecte no amplificador e o som estará pronto, sem a complicação de um circuito ativo.

Prós
  • Ótimo custo-benefício para um 6 cordas.
  • Circuito passivo simples e direto ao ponto.
  • Timbre clássico, ideal para estilos vintage.
  • Leve, graças ao corpo em Basswood.
Contras
  • Os captadores de fábrica podem carecer de definição na corda B grave.
  • Acabamento simples, pode apresentar pequenas imperfeições.
  • Falta de versatilidade sonora comparado a modelos ativos.

2. Tagima Classic XB-21 6 Cordas Deep Orange

Compartilhando as mesmas especificações de construção e eletrônica do seu irmão de acabamento natural, o Tagima XB-21 na cor Deep Orange oferece um apelo visual diferenciado. A sonoridade passiva, com seu caráter vintage e resposta dinâmica, permanece a mesma.

A combinação do corpo em Basswood com braço em Maple resulta em um som equilibrado, com médios bem presentes que ajudam o baixo a se destacar na mixagem.

Este modelo é para o baixista que não quer apenas um instrumento funcional, mas também um que tenha personalidade visual. Se você está começando a tocar 6 cordas e quer um instrumento que se destaque no palco, a cor vibrante Deep Orange é um grande atrativo.

É uma escolha sólida para estudantes e músicos de bandas de garagem que precisam de um instrumento confiável e com estilo.

Prós
  • Visual atraente com a cor Deep Orange.
  • Eletrônica passiva confiável para timbres clássicos.
  • Preço acessível para um baixo de 6 cordas.
  • Boa tocabilidade para iniciantes.
Contras
  • A definição da sexta corda pode ser aprimorada com um upgrade de captadores.
  • O controle de tonalidade único oferece pouca variação de timbre.
  • As ferragens são funcionais, mas básicas.

3. Tagima Classic XB-21 6 Cordas Preto

A versão em preto do Tagima XB-21 oferece a mesma plataforma sonora passiva e acessível, mas com um acabamento sóbrio e clássico. A eletrônica com dois captadores single-coil estilo J e controles de volume independentes permite misturar o som do captador do braço, mais grave e aveludado, com o da ponte, mais brilhante e focado.

Isso adiciona uma camada de versatilidade dentro do universo passivo.

Para o músico que busca um visual discreto e atemporal, o acabamento preto é a escolha ideal. Este baixo se encaixa bem em qualquer contexto visual, do palco de um bar de jazz a um show de rock.

É perfeito para baixistas que apreciam a capacidade de mesclar os captadores para encontrar um ponto ideal de timbre, uma característica clássica dos baixos Jazz Bass.

Prós
  • Acabamento preto clássico e versátil.
  • Dois controles de volume para mixar os captadores.
  • Excelente plataforma para futuros upgrades.
  • Construção sólida para a faixa de preço.
Contras
  • Pode apresentar ruído (hum) típico de captadores single-coil.
  • Sustain limitado devido às madeiras e construção de entrada.
  • A ponte é simples e pode ser um ponto para upgrade.

4. Strinberg SAB66 DW Ativo Dark Wood

O Strinberg SAB66 DW representa um salto em versatilidade. Equipado com um circuito ativo de 3 bandas, este baixo permite um controle tonal preciso sobre graves, médios e agudos. Os captadores do tipo soapbar, combinados com o corpo em Basswood e o tampo em Rosewood, produzem um som moderno, cheio e com bastante punch.

O acabamento Dark Wood confere uma aparência sofisticada, que remete a instrumentos de categorias superiores.

Este baixo é a escolha perfeita para o músico que precisa de um camaleão sonoro. Se você toca em uma banda de igreja, um grupo de pop ou uma banda de metal, o SAB66 se adapta com facilidade.

O pré-amplificador ativo o torna ideal para quem precisa cortar a mixagem com clareza e peso, oferecendo timbres prontos para gravação e apresentações ao vivo sem depender exclusivamente de equipamentos externos.

Prós
  • Circuito ativo com EQ de 3 bandas oferece enorme versatilidade.
  • Captadores soapbar produzem um som cheio e sem ruído.
  • Visual elegante com o tampo em Rosewood.
  • Ótimo custo-benefício para um baixo ativo de 6 cordas.
Contras
  • O som do pré-amplificador pode soar um pouco processado para puristas.
  • Dependência da bateria de 9V para funcionar.
  • O peso pode ser um fator em longas apresentações.

5. Ibanez SR 206B WNF 6 Cordas

A Ibanez é sinônimo de tocabilidade, e o SR206B não é exceção. Seu corpo leve em Nyatoh e, principalmente, seu braço fino e confortável, tornam a experiência de tocar 6 cordas muito mais amigável.

A eletrônica ativa Phat II EQ adiciona um reforço de graves poderoso, transformando o som dos captadores passivos em um timbre gordo e pesado com o girar de um botão. A construção é precisa e a ergonomia é pensada para longas horas de prática e shows.

Este baixo é ideal para o músico que prioriza conforto e velocidade. Se você tem mãos menores ou simplesmente não gosta de braços largos e grossos, a linha SR da Ibanez é a solução.

É uma ferramenta fantástica para estilos que exigem agilidade, como fusion, metal progressivo e jazz. O booster de graves Phat II o torna especialmente bom para quem precisa de um peso extra sem um equalizador completo.

Prós
  • Braço extremamente confortável e rápido.
  • Corpo leve e ergonômico.
  • Booster de graves Phat II EQ é simples e eficaz.
  • Qualidade de construção consistente da Ibanez.
Contras
  • Os captadores passivos originais podem não ter a mesma clareza de modelos totalmente ativos.
  • O circuito Phat II é um booster, não um EQ completo de 3 bandas.
  • O acabamento em Walnut Flat (WNF) pode ser sensível a marcas e arranhões.

6. Tagima Millenium 6 Top Ativo Natural

A linha Millenium da Tagima marca a entrada da empresa no segmento de instrumentos profissionais. O Millenium 6 Top possui corpo em Okoume com um belo tampo em Technical Wood, braço em Maple e escala em Technical Wood.

A eletrônica é o destaque: dois captadores soapbar e um circuito ativo de 3 bandas (graves, médios, agudos) que oferecem um controle tonal completo. O som é moderno, articulado e pode ser moldado para praticamente qualquer estilo musical.

Este instrumento é para o baixista de nível intermediário a avançado que busca um cavalo de batalha confiável e versátil. Se você é um músico de estúdio ou toca em uma banda de eventos que exige adaptação a diferentes gêneros, o Millenium 6 é uma ferramenta poderosa.

O pré-amplificador ativo permite ajustar seu som rapidamente para se adequar ao ambiente e à música, garantindo que suas linhas de baixo sejam sempre ouvidas com clareza.

Prós
  • Circuito ativo de 3 bandas extremamente versátil.
  • Construção de alta qualidade com madeiras selecionadas.
  • Captadores soapbar com som cheio e definido.
  • Design elegante e profissional.
Contras
  • O som pode ser brilhante demais para quem prefere timbres vintage.
  • O peso do Okoume pode ser considerável.
  • O preço já o coloca em uma categoria acima dos modelos de entrada.

7. Tagima Millenium 6 Top NTS DF Ativo

Esta versão do Millenium 6 Top se diferencia pelo seu acabamento fosco (NTS) e pela escala escura (DF), que conferem um visual mais discreto e moderno ao instrumento. Sonoramente, ele mantém as mesmas especificações de alta performance: corpo em Okoume, braço em Maple, captadores soapbar e o potente circuito ativo de 3 bandas da Tagima.

O som é balanceado, com graves firmes, médios presentes e agudos claros, tudo ajustável no pré-amplificador.

Para o músico que aprecia a estética minimalista e prefere a sensação de um acabamento fosco, que não gruda com o suor, este modelo é perfeito. É um instrumento de trabalho sério, voltado para o baixista que já sabe o que quer em termos de timbre e precisa da flexibilidade de um EQ ativo para se adaptar a qualquer situação musical, seja ao vivo ou em estúdio.

Prós
  • Acabamento fosco elegante e confortável ao toque.
  • Eletrônica ativa de 3 bandas para controle total do timbre.
  • Qualidade de construção profissional.
  • Som moderno e articulado.
Contras
  • Acabamentos foscos podem mostrar marcas de gordura dos dedos com mais facilidade.
  • O som do pré-amplificador Tagima pode ter uma característica própria que nem todos apreciam.
  • A necessidade de bateria é uma constante em baixos ativos.

8. Tagima Millenium Imbuia 6 Ativo Série Brasil

O Millenium Imbuia 6 é o ápice da produção em série da Tagima. Parte da Série Brasil, este baixo utiliza madeiras nobres nacionais, com corpo em Cedro e um espetacular tampo em Imbuia.

Isso não apenas cria um visual único, mas também impacta o som. A Imbuia contribui com médios-graves complexos e um timbre geral mais quente e aveludado, enquanto o Cedro garante ressonância e leveza.

A eletrônica ativa de 3 bandas e os captadores Tagima completam o pacote profissional.

Este baixo é destinado ao músico profissional ou ao amador sério que busca um instrumento com identidade sonora e visual. Se você valoriza a exclusividade das madeiras brasileiras e procura um timbre ativo que seja ao mesmo tempo moderno e quente, o Millenium Imbuia é uma escolha fantástica.

Ele oferece a versatilidade do circuito ativo, mas com uma base tonal orgânica e rica, cortesia da combinação de madeiras.

Prós
  • Uso de madeiras brasileiras nobres (Cedro e Imbuia).
  • Timbre único, quente e com médios complexos.
  • Visual deslumbrante e exclusivo.
  • Eletrônica ativa profissional e confiável.
Contras
  • Preço significativamente mais alto, refletindo a qualidade dos materiais.
  • A Imbuia, por ser uma madeira com veios abertos, pode exigir mais cuidado com a manutenção.
  • É um instrumento pesado comparado a outros da linha.

9. Tagima XB31 Natural Mahogany 6 Cordas

O Tagima XB31 surge como uma evolução natural da linha XB-21, mantendo a eletrônica passiva mas com um upgrade crucial na madeira do corpo, agora em Mogno (Mahogany). Essa mudança resulta em um som notavelmente mais quente, com mais sustain e graves mais cheios.

Ele ainda usa os captadores estilo Jazz Bass, mas a base tonal fornecida pelo Mogno dá a eles uma nova vida, com mais corpo e profundidade.

Este baixo é a escolha ideal para o músico que ama a simplicidade e o feeling de um baixo passivo, mas deseja um som mais robusto e com maior sustentação do que o oferecido pelos modelos em Basswood.

Se você toca estilos como rock clássico, soul ou pop que se beneficiam de uma base grave sólida e quente, o XB31 entrega essa característica sem a necessidade de um circuito ativo.

É o meio-termo perfeito entre o XB-21 e a linha Millenium.

Prós
  • Corpo em Mogno proporciona som quente e com bom sustain.
  • Timbre passivo com mais corpo e graves.
  • Ótima evolução em relação à linha XB-21.
  • Simplicidade de operação com som aprimorado.
Contras
  • Ainda carece da versatilidade de um circuito ativo.
  • O Mogno torna o instrumento um pouco mais pesado.
  • Os captadores de fábrica ainda podem ser um ponto de upgrade para máxima definição.

Madeira do Corpo: Como Influencia o Som?

A madeira do corpo de um baixo elétrico funciona como um filtro, moldando a forma como as vibrações das cordas são sustentadas e ressoam. Cada tipo de madeira tem uma densidade e estrutura diferentes, o que afeta diretamente o timbre final.

  • Basswood: Usado em modelos como o Tagima XB-21, é uma madeira leve que produz um som equilibrado, com um foco nos médios. É ótima para quem busca um timbre que corta bem na mixagem.
  • Okoume: Presente na linha Tagima Millenium, é sonoramente similar ao Mogno, oferecendo um bom equilíbrio entre graves, médios e agudos, com um som cheio e ressonante.
  • Mogno (Mahogany): Encontrado no Tagima XB31, é conhecido por seu som quente, graves robustos e excelente sustain. É uma escolha clássica para um som cheio e pesado.
  • Cedro e Imbuia: Combinação usada no Tagima Millenium Série Brasil. O Cedro é ressonante e leve, enquanto a Imbuia no tampo adiciona complexidade nos médios e um visual único, resultando em um timbre rico e orgânico.

Captadores e Circuitos: O Coração do Seu Timbre

Captadores são os microfones do seu baixo, convertendo a vibração das cordas em sinal elétrico. Nos modelos analisados, encontramos dois tipos principais. Os captadores J-Style (Jazz Bass), presentes na linha Tagima XB, são single-coils que produzem um som brilhante e articulado.

Já os captadores Soapbar, usados nos Tagima Millenium e no Strinberg, são maiores e geralmente do tipo humbucker, o que significa que cancelam ruídos e entregam um som mais cheio, gordo e com mais saída.

A escolha entre eles define a personalidade sonora base do instrumento.

O circuito, ativo ou passivo, processa esse sinal. Como vimos, o circuito passivo é direto, com controles de volume e tonalidade. O circuito ativo adiciona um pré-amplificador que permite esculpir o som com controles de graves, médios e agudos.

Um baixo ativo oferece um canivete suíço de timbres, enquanto um baixo passivo entrega um som mais cru e dependente da sua técnica e do seu amplificador.

Tagima, Ibanez ou Strinberg: Qual Marca Escolher?

Sua escolha de marca dependerá do que você mais valoriza. A Tagima é uma força no mercado brasileiro, oferecendo uma gama incrível de produtos, desde o iniciante XB-21 até o profissional Millenium Imbuia.

A marca se destaca pelo excelente custo-benefício e por atender a uma vasta gama de músicos. Se você busca um ótimo instrumento sem gastar o valor de um importado, a Tagima é uma aposta segura.

A Ibanez é uma gigante global reconhecida pela engenharia focada no conforto e na tocabilidade. Seus braços finos e corpos ergonômicos, como no SR206B, são lendários. Se você tem longas sessões de ensaio ou shows, e a velocidade e o conforto são suas prioridades, a Ibanez raramente decepciona.

A Strinberg se posiciona como uma marca de entrada com recursos de ponta. Modelos como o SAB66 entregam eletrônica ativa e visuais atraentes por um preço competitivo, sendo uma escolha inteligente para quem quer máxima versatilidade com orçamento limitado.

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