Qual melhor baixo de 5 cordas fretless ativo? Guia de Compra

Leandro Almeida Leblanc
Leandro Almeida Leblanc
12 min. de leitura

Encontrar o instrumento ideal que equilibre definição na quinta corda (Si grave) e versatilidade de timbre é o maior desafio para baixistas modernos. A escolha de um baixo ativo de 5 cordas não se resume apenas a ter mais notas disponíveis.

Trata-se de ter um pré-amplificador capaz de entregar potência, clareza e aquele "punch" necessário para cortar a mixagem, seja em palcos de igrejas, bares ou estúdios. Neste guia, dissecamos as melhores opções do mercado, focando na qualidade da construção e na eficiência do circuito ativo.

Critérios: Como Avaliar a Captação e Madeira do Baixo

A sonoridade de um baixo ativo de 5 cordas nasce muito antes de o sinal chegar ao amplificador. A madeira do corpo funciona como o equalizador natural do instrumento. Madeiras como Mogno (Mahogany) tendem a oferecer graves mais profundos e médios acentuados, o que é vital para sustentar a frequência da quinta corda sem que ela soe "embolada".

Já o Basswood e o Poplar oferecem uma resposta mais equilibrada e leve, ideal para quem toca por longas horas. No entanto, a madeira precisa de um parceiro à altura: a captação.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

No universo dos ativos, o pré-amplificador é o coração do timbre. Você deve buscar circuitos que ofereçam, no mínimo, equalização de 2 bandas (graves e agudos), mas a preferência recai sobre os de 3 bandas (com controle de médios).

A capacidade de cortar ou impulsionar frequências médias diretamente no instrumento permite moldar o som para destacar o "ronco" característico, especialmente se você busca uma sonoridade próxima ao fretless ou precisa de definição para técnicas de slap.

Captadores Humbucker são preferíveis para 5 cordas, pois cancelam ruídos e entregam maior saída do que os Single-Coils tradicionais.

Análise: Os 10 Melhores Baixos Ativos de 5 Cordas

1. Contrabaixo Yamaha TRBX305 Ativo 5 Cordas (Vermelho)

O Yamaha TRBX305 define o padrão ouro para baixos de 5 cordas intermediários focados em performance. O grande diferencial deste modelo reside no corpo em Mogno sólido esculpido em 3D, que não apenas otimiza o equilíbrio do instrumento no corpo do músico, mas também enriquece a ressonância fundamental das notas graves.

Para baixistas que exigem uma quinta corda definida e com sustain consistente, a construção da Yamaha supera a maioria dos concorrentes na mesma faixa de preço.

Ele é a escolha perfeita para músicos de sessão e profissionais de palco que precisam mudar de timbre instantaneamente. Isso é possível graças ao sistema "Performance EQ", uma chave seletora com 5 curvas de equalização pré-definidas (Slap, Pick, Flat, Finger, Solo).

Diferente de outros baixos onde você perde tempo girando knobs, o TRBX305 entrega o som pronto para a técnica desejada. Os captadores Humbucker YGD (Yamaha Guitar Development) possuem ímãs de cerâmica que garantem um som limpo, potente e livre de ruídos, essencial para gravações diretas em linha.

Prós
  • Corpo em Mogno maciço para graves profundos
  • Chave Performance EQ com 5 presets úteis
  • Braço confortável com perfil fino
  • Quinta corda com excelente definição
Contras
  • O acabamento fosco pode polir/brilhar com o uso intenso
  • Consumo de bateria ligeiramente alto devido ao circuito complexo

2. Baixo Tagima Millenium Top 5 Cordas Ativo (NTS)

O Tagima Millenium Top se destaca imediatamente pelo visual. O tampo (top) em madeira figurada dá ao instrumento uma estética de "boutique" muito superior ao seu custo real. Este modelo é ideal para quem toca em igrejas ou bandas de baile e precisa de um instrumento que chame a atenção no palco, sem sacrificar a funcionalidade.

A construção utiliza Okoume no corpo, uma madeira que oferece uma resposta média-aguda muito clara, facilitando a inteligibilidade das notas em mixagens densas.

Sonicamente, ele entrega uma versatilidade agressiva. Equipado com dois captadores do tipo "Soapbar" e um circuito ativo, o Millenium Top permite uma modelagem extensa de frequências.

Os agudos são cristalinos, o que favorece técnicas percussivas como o Slap, enquanto os graves podem ser reforçados pelo equalizador para preencher o espectro sonoro. É um instrumento que serve bem ao iniciante sério e ao profissional que precisa de um segundo baixo confiável e bonito.

Prós
  • Visual premium com tampo figurado
  • Captadores Soapbar versáteis e silenciosos
  • Acesso facilitado às casas mais agudas
  • Ótima relação custo-benefício
Contras
  • Pode necessitar de blindagem extra para palcos com muita interferência
  • Peso do instrumento pode ser elevado para alguns músicos

3. Baixo Strinberg SAB500 Ativo 5 Cordas Sunburst

O Strinberg SAB500 mira diretamente nos fãs do clássico timbre "Stingray". Com um único captador Humbucker posicionado na região da ponte, este baixo é a definição de "punch". Ele é recomendado para baixistas de rock, pop e funk que precisam que o som do baixo atravesse a parede de guitarras.

A posição do captador favorece os médios-agudos, resultando em um ataque percussivo e articulado que é difícil de obter com baixos de dois captadores tradicionais.

A simplicidade é o ponto forte aqui. Com menos componentes magnéticos puxando as cordas, o sustain tende a ser maior. O circuito ativo compensa a falta de um captador de braço, permitindo que você adicione graves poderosos através do equalizador onboard.

Se você busca uma sonoridade moderna, focada e direta, sem a complexidade de misturar múltiplos captadores, o SAB500 é uma ferramenta de trabalho robusta e eficiente.

Prós
  • Timbre clássico de Humbucker na ponte (Punch)
  • Visual icônico e construção robusta
  • Circuito ativo responsivo
  • Ideal para slap e pizzicato agressivo
Contras
  • Menos versatilidade tímbrica por ter apenas um captador
  • Braço pode parecer um pouco mais grosso para mãos pequenas

4. Baixo Tagima TBM-5 Classic 5 Cordas (Olympic White)

Seguindo a linha de inspiração nos clássicos da Music Man, o Tagima TBM-5 da série Classic eleva o nível de acabamento e fidelidade ao design original. Este baixo é perfeito para quem busca a estética vintage combinada com a força de um circuito ativo moderno.

O escudo grande e o formato do corpo não são apenas estéticos; eles oferecem uma ergonomia familiar para quem já está acostumado com os grandes baixos americanos.

O diferencial sonoro está no captador MM model. Ele possui uma saída extremamente alta (high output), garantindo que o sinal chegue forte ao amplificador mesmo antes de qualquer processamento.

A equalização ativa aqui brilha ao permitir domar essa agressividade, transformando um timbre que poderia ser estridente em um som gordo e aveludado quando necessário. É uma máquina de groove, especialmente indicada para estilos que exigem uma base rítmica sólida e presente.

Prós
  • Estética vintage impecável
  • Captador MM com alta saída e agressividade
  • Escudo protege o corpo de palhetadas intensas
  • Knobs de metal duráveis
Contras
  • Pode apresentar desbalanço de peso (neck dive)
  • Espaçamento das cordas pode ser estreito para alguns slappers

5. Contrabaixo Tagima Millenium 5 Cordas Natural

Esta versão do Tagima Millenium foca na beleza natural da madeira e na simplicidade funcional. Diferente da versão "Top", este modelo apresenta um visual mais sóbrio e orgânico, atraindo músicos que preferem um instrumento com aparência de ferramenta de trabalho séria.

A construção sólida garante uma ressonância honesta, onde você sente a vibração das cordas contra o corpo, um indicativo de boa montagem e acoplamento entre braço e corpo.

No quesito eletrônica, ele mantém o padrão confiável da série Millenium. A configuração de captadores permite transitar entre um som mais gordo (próximo ao braço) e um som mais definido (próximo à ponte).

É um baixo "Curinga": funciona bem em um culto de domingo, em um ensaio de rock ou em uma gravação de pop. Para o estudante que está migrando de um baixo passivo de 4 cordas para o mundo dos 5 cordas ativos, esta é a transição mais suave e segura em termos de investimento.

Prós
  • Acabamento natural satinado (toque suave)
  • Versatilidade para diversos estilos musicais
  • Controles de equalização intuitivos
  • Braço confortável para longas sessões
Contras
  • As ferragens (tarraxas) são básicas e podem exigir upgrade futuro
  • Cordas de fábrica geralmente de baixa qualidade

6. Baixo Giannini GB205A Ativo 5 Cordas Preto

O Giannini GB205A traz a tradicional configuração "Jazz Bass" para o universo das 5 cordas com circuito ativo. Este modelo é indicado para quem ama o som nasal e articulado dos dois captadores single-coil (tipo J), mas precisa de um empurrão extra de ganho e controle de frequências.

O formato do corpo é familiar e ergonômico, facilitando a adaptação para quem vem de modelos clássicos.

A grande vantagem deste baixo é a clareza nos médios. Enquanto baixos com humbuckers podem soar muito "cheios", os captadores tipo J do Giannini cortam a mixagem com precisão cirúrgica.

O circuito ativo atua aqui como um "turbo", permitindo adicionar graves que normalmente faltariam em captadores singles passivos. É uma excelente opção de entrada para quem busca definição de notas em passagens rápidas e melódicas.

Prós
  • Configuração JJ clássica com boost ativo
  • Excelente definição de notas individuais
  • Preço muito acessível para iniciantes
  • Peso equilibrado
Contras
  • Captadores single-coil podem captar ruído (hum) se não blindados
  • Acabamento dos trastes pode precisar de polimento

7. Baixo Waldman WB305A Ativo 5 Cordas (BKS)

O Waldman WB305A posiciona-se como uma das portas de entrada mais acessíveis para o mundo dos baixos ativos de 5 cordas. Este instrumento é voltado para o estudante ou hobbyista que tem um orçamento restrito mas não quer abrir mão da flexibilidade de um pré-amplificador.

Apesar do custo baixo, ele oferece uma estética moderna na cor Black Satin (BKS), que confere um visual agressivo e profissional.

Embora seja um instrumento de entrada, ele serve como uma excelente "plataforma de modificação" (mod platform). A madeira do corpo geralmente é leve, e o braço tem medidas confortáveis.

Muitos baixistas adquirem este modelo para, posteriormente, instalar captadores ou circuitos mais sofisticados, aproveitando a boa construção da luthieria básica. O som original é decente para estudo e pequenos ensaios, com controles funcionais de graves e agudos.

Prós
  • Preço extremamente competitivo
  • Acabamento acetinado moderno
  • Bom equilíbrio de peso
  • Plataforma ideal para upgrades
Contras
  • Eletrônica original pode ser ruidosa
  • Tarraxas podem ter precisão limitada

8. Baixo PHX MSR-5 Ativo 5 Cordas Dark Blue

O PHX MSR-5 é mais uma interpretação robusta do design com captador Humbucker único na ponte. A cor Dark Blue metálica dá a ele uma presença de palco distinta. Este baixo é recomendado para quem toca rock, metal ou estilos que exigem um som "na cara".

A construção da PHX tem melhorado consistentemente, oferecendo instrumentos com trastes bem nivelados e braços estáveis, algo crucial para a tensão extra das 5 cordas.

Sonoramente, o MSR-5 entrega graves comprimidos e médios agressivos. O circuito ativo é essencial aqui para dar corpo ao som, já que o captador está em uma posição que naturalmente favorece os agudos.

A tocabilidade é facilitada por um braço que não é excessivamente grosso, permitindo que baixistas com mãos menores naveguem pela escala de 5 cordas com relativa facilidade.

Prós
  • Cor e acabamento chamativos
  • Som percussivo ideal para rock
  • Braço com perfil amigável
  • Boa estabilidade de afinação
Contras
  • Falta de captador de braço limita sons aveludados
  • Pode necessitar de ajuste de tensor inicial

9. Baixo Waldman WB405A Ativo 5 Cordas Natural

Diferente da série 300, o Waldman WB405A geralmente apresenta variações na seleção de madeiras ou na configuração estética, mantendo a proposta de alto custo-benefício. O acabamento natural permite inspecionar a qualidade das junções da madeira, o que é um ponto de transparência na construção.

É ideal para escolas de música ou para ter como um instrumento de backup confiável em caso de falha do principal.

A sonoridade é honesta e direta. O pré-amplificador ativo oferece o boost necessário para compensar amplificadores menores ou sistemas de som com pouca definição. Para quem está começando a se aventurar nas 5 cordas, este baixo oferece o espaçamento de cordas padrão que ajuda a desenvolver a técnica de abafamento (muting) necessária para dominar o Si grave sem gerar ressonâncias indesejadas.

Prós
  • Visual clean e orgânico
  • Custo acessível para 5 cordas ativo
  • Controles simples e funcionais
  • Braço com acabamento satisfatório
Contras
  • Captação genérica com personalidade neutra
  • Nut (pestana) de plástico pode prender as cordas

10. Baixo Tagima XB 21 5 Cordas Ativo Preto

O Tagima XB 21 foge dos designs tradicionais com um corpo mais compacto, moderno e ergonômico (shape "X"). Este design não é apenas estético; ele reduz significativamente o peso do instrumento e melhora o acesso às últimas casas da escala.

É a escolha perfeita para baixistas performáticos que se movimentam muito no palco ou para pessoas de estatura menor que acham os baixos tradicionais grandes e desconfortáveis.

Apesar do corpo menor, o som é grande. A configuração de captadores PJ (Precision + Jazz) ativa oferece o melhor dos dois mundos: o peso e corpo do captador do braço e a definição e estalo do captador da ponte.

Essa versatilidade faz do XB 21 uma ferramenta poderosa para cobrir repertórios variados. O circuito ativo garante que, mesmo com o corpo menor e menos massa de madeira, o grave chegue com pressão aos alto-falantes.

Prós
  • Corpo compacto e leve (ergonomia superior)
  • Configuração PJ oferece ampla gama de timbres
  • Design moderno e diferenciado
  • Acesso total às 24 casas
Contras
  • Design pode não agradar puristas
  • Balanço (strap balance) diferente de baixos clássicos

Ativo vs Passivo: Vantagens do Circuito para 5 Cordas

A eterna discussão entre ativo e passivo ganha um contorno definitivo quando falamos de baixos de 5 cordas. Em um baixo passivo, o sinal depende inteiramente da vibração das cordas e dos ímãs dos captadores.

Para a corda Si (B) grave, que oscila em uma frequência muito baixa (aprox. 30Hz), sistemas passivos podem ter dificuldade em traduzir essa energia com clareza, resultando em um som embolado ou com pouco volume em relação às outras cordas.

O circuito ativo resolve esse problema através de um pré-amplificador alimentado por bateria (9V ou 18V). Ele diminui a impedância do sinal, permitindo que ele viaje por cabos longos sem perda de agudos e, crucialmente, oferece "headroom" (espaço dinâmico) para que a frequência grave da quinta corda seja processada sem distorção indesejada.

Além disso, a capacidade de equalizar (cortar ou adicionar graves/médios/agudos) diretamente no baixo oferece um controle total sobre a mixagem, permitindo que você ajuste seu som para diferentes salas sem tocar no amplificador.

Importância do Espaçamento das Cordas e Braço Confortável

Ao migrar de 4 para 5 cordas, o conforto físico é o fator que determina se você vai amar ou odiar o instrumento. O espaçamento das cordas na ponte (string spacing) varia entre os modelos.

Padrões de 19mm (como na maioria dos 4 cordas) resultam em braços muito largos em 5 cordas, o que pode cansar a mão esquerda. Muitos modelos modernos, como os da Yamaha e Tagima listados, optam por espaçamentos ligeiramente menores (17mm ou 18mm).

Para quem toca com palheta ou dedos (pizzicato), um espaçamento menor facilita a agilidade entre as cordas. Já para adeptos do Slap, um espaço muito estreito pode dificultar o "pop" (puxada) da corda, fazendo com que você esbarre nas cordas adjacentes.

Testar o perfil do braço (shape C, D ou U) é essencial: um braço muito grosso somado a uma escala larga pode causar tendinite se a técnica não estiver ajustada. Busque braços com acabamento acetinado na parte posterior, pois facilitam o deslize da mão.

Manutenção: Cuidados com Bateria e Circuito Ativo

  • Desplugue sempre: O circuito ativo consome bateria assim que o cabo P10 é inserido no jack. Deixar o baixo plugado, mesmo sem tocar, drenará a bateria em poucos dias.
  • Tenha baterias reserva: Nunca vá para um show ou ensaio sem uma bateria alcalina de 9V extra no case. Quando a bateria falha, o som não apenas enfraquece; ele começa a distorcer feio ou corta totalmente.
  • Limpeza dos contatos: O compartimento da bateria pode oxidar com o tempo ou se houver vazamento. Verifique os contatos periodicamente.
  • Atenção ao Jack: O jack de saída em baixos ativos é estéreo (para ligar/desligar a bateria). Ele é uma peça mecânica que sofre desgaste. Se sentir folga ou ouvir estalos ao mover o cabo, a troca é necessária para evitar falhas de alimentação.

Perguntas Frequentes (FAQ)

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