Qual Melhor Baixo de 5 Cordas Ativo? Guia de Timbre

Leandro Almeida Leblanc
Leandro Almeida Leblanc
12 min. de leitura

Escolher um baixo ativo de 5 cordas envolve mais do que especificações técnicas. Trata-se de encontrar a ferramenta certa para o seu som. Este guia analisa os modelos mais relevantes do mercado, focando em como o circuito, os captadores e as madeiras de cada instrumento influenciam o timbre e a tocabilidade.

Aqui, você encontrará análises diretas para decidir qual baixo oferece a versatilidade sonora e o conforto que você precisa, seja para o palco, estúdio ou estudo.

Como Escolher o Baixo Ativo de 5 Cordas Ideal?

A escolha do baixo ativo de 5 cordas ideal depende do seu estilo musical e do som que você busca. O principal diferencial desses instrumentos é o circuito ativo, um pré-amplificador interno alimentado por uma bateria 9V.

Ele oferece um sinal mais forte e, mais importante, um equalizador integrado. Com controles de graves, médios e agudos no próprio baixo, você molda seu timbre em tempo real. A quinta corda, geralmente afinada em Si (B), expande seu alcance para frequências mais graves, fundamental em estilos como metal, gospel, pop moderno e sertanejo.

Ao avaliar os modelos, considere o tipo de captador, as madeiras do corpo e do braço, e a qualidade do pré-amplificador, pois esses três elementos definem a personalidade sonora do instrumento.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: Os 10 Melhores Baixos Ativos de 5 Cordas

Analisamos dez contrabaixos para diferentes perfis de músicos. Desde modelos de entrada até instrumentos com acabamento superior, cada análise foca em quem mais se beneficia de cada baixo, seus pontos fortes e suas limitações.

1. Tagima TBM-5 Classic Series Sunburst

O Tagima TBM-5 é uma homenagem clara a um dos designs mais icônicos do mundo dos baixos, oferecendo um som com muita presença e ataque. Equipado com um único captador humbucker posicionado próximo à ponte, ele entrega um timbre focado, com médios pronunciados e agudos estalados, perfeito para cortar a mixagem em qualquer banda.

O circuito ativo com equalizador de 2 ou 3 bandas, dependendo da versão, permite esculpir esse som de forma drástica, indo de um grave aveludado a um soco agressivo com facilidade.

Para o baixista de rock, funk ou pop que precisa de um som que se imponha, o TBM-5 é uma escolha excelente. Sua pegada é robusta, e a sonoridade característica do captador humbucker garante peso e definição, especialmente na corda Si grave.

Se você busca um timbre clássico, com a força de um circuito ativo e não precisa da variação tonal de dois captadores, este modelo entrega performance e estilo. Ele é um instrumento que te força a tocar com atitude.

Prós
  • Timbre com ataque e presença, ideal para rock e funk.
  • Captador humbucker entrega peso e definição nas notas graves.
  • Circuito ativo eficiente para modelagem de som.
Contras
  • A posição única do captador limita a variedade de timbres.
  • O braço pode ser considerado robusto para músicos com mãos menores.
  • O peso do corpo em Poplar pode ser um fator em longas apresentações.

2. Giannini GB205A Ativo 5 Cordas BK

O Giannini GB205A se posiciona como uma porta de entrada acessível ao mundo dos baixos ativos de cinco cordas. Sua construção é simples e funcional, com um corpo em Basswood e braço em Maple.

A configuração de captadores no estilo PJ (um captador Precision no braço e um Jazz Bass na ponte) oferece uma boa dose de versatilidade para um instrumento nesta faixa de preço. Você pode obter desde o som gordo e redondo do captador do braço até o timbre mais anasalado e focado da ponte.

Este baixo é a escolha certa para o estudante que deseja explorar as possibilidades de um circuito ativo e da quinta corda sem fazer um grande investimento. O GB205A é um instrumento honesto para estudo e ensaios iniciais.

O pré-amplificador ativo cumpre a função de dar mais ganho e controle tonal básico, mas não espere a mesma definição de modelos mais caros. Se você precisa de um baixo para começar a tocar na igreja, em bandas de garagem ou para estudar gêneros modernos, ele oferece uma ótima relação custo-benefício.

Prós
  • Preço acessível para um baixo ativo de 5 cordas.
  • Configuração de captadores PJ oferece boa versatilidade sonora.
  • Leve e confortável para iniciantes.
Contras
  • O circuito ativo possui um som menos definido que o de modelos superiores.
  • A qualidade das ferragens e do acabamento reflete sua faixa de preço.
  • A corda Si grave pode soar com menos clareza em volumes altos.

3. Tagima Millenium 5 Classic Metallic Red

O Tagima Millenium 5 é, sem dúvida, um dos baixos de 5 cordas mais populares no Brasil, e a razão para isso é sua enorme versatilidade sonora. Equipado com dois captadores soapbar (um tipo de humbucker) e um circuito ativo com equalizador de 3 bandas, este baixo é um verdadeiro canivete suíço.

Ele consegue entregar desde timbres graves e aveludados, ideais para acompanhar, até sons brilhantes e percussivos para técnicas de slap e solos.

Este baixo é a escolha ideal para o músico que toca em múltiplos contextos, como em bandas de casamento, igrejas ou estúdios de gravação. A combinação dos captadores e do potente equalizador 3 bandas permite que você se adapte rapidamente a qualquer estilo musical, do forró ao metal.

O corpo em Okoume e a escala em Techwood oferecem um timbre equilibrado com boa sustentação. Se você precisa de um único instrumento capaz de cobrir uma vasta gama de sons, o Tagima Millenium 5 é a aposta segura.

Prós
  • Extrema versatilidade sonora graças aos dois captadores soapbar.
  • Equalizador ativo de 3 bandas permite controle total do timbre.
  • Ótima relação custo-benefício para um instrumento de trabalho.
Contras
  • O som dos captadores originais pode ser considerado genérico por alguns músicos.
  • O acabamento, embora funcional, pode apresentar pequenas imperfeições.
  • O acesso às casas mais agudas é um pouco limitado pelo design do corpo.

4. Tagima TJB 5 Ativo Sunburst

O Tagima TJB 5 pega a fórmula clássica do Jazz Bass e a moderniza com um circuito ativo e uma quinta corda. Este modelo possui dois captadores single-coil no estilo Jazz Bass, conhecidos por seu som articulado, brilhante e com um "rosnado" característico nos médios.

A adição do pré-amplificador ativo expande as possibilidades, permitindo que você reforce os graves para um som mais cheio ou corte os agudos para um timbre mais vintage e macio.

Para o baixista de jazz, fusion, R&B, ou para quem simplesmente ama o timbre de um Jazz Bass mas precisa da extensão da quinta corda, o TJB 5 é perfeito. Ele mantém a tocabilidade confortável e o braço mais fino associado a esse design, facilitando a execução de linhas rápidas.

O corpo em Poplar o torna relativamente leve. Se a sua prioridade é um som articulado, que responde bem à dinâmica do toque e que tem a flexibilidade do circuito ativo, este é o seu baixo.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass com a força de um circuito ativo.
  • Dois captadores single-coil oferecem boa variação de tons.
  • Braço confortável e tocabilidade rápida.
Contras
  • Captadores single-coil podem gerar ruído em ambientes com interferência elétrica.
  • O som pode não ter o mesmo peso de um baixo com captadores humbucker para estilos mais pesados.
  • O acabamento Sunburst pode variar de um instrumento para outro.

5. Tagima Millenium 5 Top Natural Satin

O Tagima Millenium 5 Top é uma evolução estética e sutilmente sonora de seu irmão, o Millenium Classic. A principal diferença está na adição de um tampo (top) em madeira figurada sobre o corpo de Okoume, conferindo um visual mais sofisticado e premium.

Sonoramente, ele mantém a mesma eletrônica versátil, com dois captadores soapbar e o equalizador ativo de 3 bandas que consagrou a linha Millenium. A presença do tampo pode adicionar um pouco mais de brilho e ataque ao som, dependendo da madeira utilizada.

Este modelo é ideal para o músico que já aprecia a versatilidade do Millenium, mas busca um instrumento com uma aparência mais refinada para o palco. O acabamento Natural Satin é elegante e valoriza os veios da madeira.

É a escolha perfeita para o baixista que se apresenta regularmente e quer um instrumento que soe bem e tenha uma ótima aparência. A funcionalidade é a mesma do Classic, mas o apelo visual é um claro degrau acima.

Prós
  • Visual sofisticado com o tampo em madeira figurada.
  • Mantém a excelente versatilidade sonora da linha Millenium.
  • Equalizador ativo de 3 bandas para controle tonal preciso.
Contras
  • A diferença de preço para o modelo Classic é primariamente estética.
  • O som dos captadores padrão pode não agradar músicos mais exigentes.
  • O acabamento acetinado (satin) pode marcar com mais facilidade que um acabamento brilhante.

6. Waldman WB305A Ativo 5 Cordas BKS

O Waldman WB305A surge como uma alternativa no segmento de entrada, oferecendo características modernas a um preço competitivo. O design do corpo é ergonômico, e a configuração de dois captadores humbucker (soapbar) promete um som cheio e sem ruídos.

O circuito ativo com equalizador de 2 bandas (graves e agudos) permite ajustes rápidos no timbre, focando nas frequências mais impactantes.

Para o músico iniciante que toca rock, metal ou outros estilos que pedem um som mais pesado, o WB305A é uma opção interessante. Os captadores humbucker garantem um sinal forte e com bom corpo, ideal para tocar com distorção.

Comparado a outros modelos de entrada com captadores PJ ou single-coil, ele oferece mais peso sonoro. Se você está começando e seu foco é ter um som potente e livre de ruídos, este baixo da Waldman entrega o essencial com um visual moderno.

Prós
  • Dois captadores humbucker para um som cheio e sem ruído.
  • Preço competitivo para um modelo ativo com design moderno.
  • Bom ponto de partida para estilos musicais mais pesados.
Contras
  • O equalizador de 2 bandas oferece menos controle que um de 3 bandas.
  • A qualidade geral de construção e componentes é de entrada.
  • A definição da quinta corda pode ser um ponto fraco em volumes mais altos.

7. PHX MSR-5 Ativo 5 Cordas Dark Blue

O PHX MSR-5 aposta em um visual arrojado e moderno para atrair o baixista que quer se destacar. O acabamento em Dark Blue e o design do corpo e do headstock dão a ele uma identidade própria.

Equipado com dois captadores soapbar e um circuito ativo, ele segue a fórmula de versatilidade popularizada por outros modelos no mercado. O corpo provavelmente é construído em Basswood, o que o torna um instrumento leve.

Este baixo é para o músico que valoriza tanto o som quanto a estética. Se você toca em uma banda com forte apelo visual, como pop-rock ou metal moderno, o PHX MSR-5 pode ser o complemento perfeito.

A eletrônica oferece uma gama de timbres funcionais para a maioria das situações, similar à de outros baixos com a mesma configuração de captadores. É uma escolha sólida para quem busca um instrumento funcional com um visual que foge do tradicional.

Prós
  • Design moderno e acabamento com forte apelo visual.
  • Configuração de captadores soapbar oferece boa versatilidade.
  • Instrumento leve, confortável para longas apresentações.
Contras
  • A marca PHX tem menor presença no mercado, o que pode impactar o valor de revenda.
  • A qualidade do circuito ativo pode ser inconsistente.
  • O som, embora versátil, pode carecer de uma personalidade mais distinta.

8. Waldman GJJF355A Ativo 5 Cordas

O Waldman GJJF355A é outra aposta da marca no formato Jazz Bass de 5 cordas. Este modelo traz os dois captadores single-coil característicos, prometendo o timbre articulado e com brilho que muitos baixistas procuram.

O circuito ativo serve para dar mais corpo ao som e oferecer controle sobre graves e agudos diretamente no instrumento, tornando-o mais adaptável que um Jazz Bass puramente passivo.

Se você é um estudante ou músico com orçamento limitado e fã do formato e som do Jazz Bass, o GJJF355A é uma alternativa a ser considerada. Ele compete diretamente com modelos de entrada de outras marcas, como o Giannini e o próprio Tagima TJB.

É uma boa ferramenta para quem está aprendendo a usar o balanço entre os dois captadores para criar diferentes texturas sonoras e quer a flexibilidade extra do circuito ativo para ensaios e pequenas apresentações.

Prós
  • Formato e som clássicos de Jazz Bass a um preço acessível.
  • Circuito ativo adiciona versatilidade a um design tradicional.
  • Boa opção de entrada para estilos como funk, soul e jazz.
Contras
  • Captadores single-coil podem captar ruído elétrico.
  • Qualidade de construção e ferragens é de nível iniciante.
  • A definição do timbre pode se perder em volumes muito elevados.

9. Waldman GJJF455A Ativo 5 Cordas SPSB

O Waldman GJJF455A parece ser uma variação do modelo 355A, diferenciando-se principalmente pelo acabamento, neste caso um Sunburst com placa de proteção (pickguard) diferente. A base do instrumento permanece a mesma: um contrabaixo de 5 cordas no estilo Jazz Bass, com dois captadores single-coil e um circuito ativo para reforço e equalização do sinal.

A escolha entre este e o 355A provavelmente se resume a uma preferência estética.

Este baixo é destinado ao mesmo público do GJJF355A: músicos iniciantes ou com orçamento restrito que buscam o som clássico de um Jazz Bass com o punch de um circuito ativo. O acabamento Sunburst é atemporal e agrada a muitos.

Se você está entre os modelos da Waldman e prefere um visual mais tradicional em vez de cores sólidas, o GJJF455A é a sua escolha. Ele oferece as mesmas funcionalidades para explorar timbres de funk, pop e R&B.

Prós
  • Visual clássico com acabamento Sunburst.
  • Eletrônica ativa para maior controle tonal.
  • Preço acessível para um baixo de 5 cordas estilo Jazz Bass.
Contras
  • Compartilha as mesmas limitações de hardware e construção do seu modelo irmão.
  • Risco de ruído dos captadores single-coil.
  • A tocabilidade e o acabamento final podem variar entre unidades.

10. Tagima Millenium Natural 5 Cordas Ativo

Esta versão do Tagima Millenium 5 celebra a beleza da madeira com seu acabamento natural. Sonoramente, ele é idêntico aos seus irmãos da linha Classic, oferecendo a mesma plataforma sônica confiável e versátil.

Os dois captadores soapbar e o equalizador ativo de 3 bandas estão presentes, garantindo que você possa navegar por qualquer gênero musical com facilidade. O corpo em Okoume e o braço em Maple com escala em Techwood proporcionam um timbre equilibrado e boa tocabilidade.

Para o músico que ama a funcionalidade do Millenium e prefere um visual orgânico e discreto, este modelo é a escolha certa. O acabamento natural é elegante e atemporal. Ele é um instrumento de trabalho por excelência, ideal para o músico de gig que precisa de confiabilidade e versatilidade sonora sem um visual chamativo.

Se você já decidiu que a plataforma Millenium é para você, a escolha entre este, o Classic e o Top é puramente uma questão de preferência estética.

Prós
  • Som extremamente versátil para todos os estilos.
  • Acabamento natural elegante e atemporal.
  • Equalizador ativo de 3 bandas oferece modelagem de som precisa.
Contras
  • Os captadores de fábrica podem soar genéricos para músicos experientes.
  • O peso pode ser um fator para alguns músicos.
  • Nenhuma vantagem sonora sobre outras versões do Millenium.

Circuito Ativo e Equalizador: O Controle do Seu Timbre

O coração de um baixo ativo é seu circuito pré-amplificador, geralmente alimentado por uma bateria de 9V. A principal vantagem é o equalizador (EQ) embutido. Um `equalizador 3 bandas` oferece controles separados para graves, médios e agudos.

Isso significa que você pode, por exemplo, adicionar peso ao seu som aumentando os graves para uma linha de reggae, ou cortar os médios para conseguir o timbre cavado perfeito para slap.

Essa capacidade de moldar o som antes que ele chegue ao amplificador oferece um controle sonoro imediato e poderoso, essencial para se adaptar a diferentes músicas ou acústicas de sala durante uma apresentação.

Captadores: Humbucker vs. Jazz Bass Para 5 Cordas

A escolha dos captadores define a voz fundamental do seu baixo. Os `captadores humbucker`, como os soapbars encontrados na linha `Tagima Millenium` ou o captador único do TBM-5, são projetados para cancelar ruídos e entregar um som cheio, gordo e com alto ganho.

Eles são ideais para rock, metal e estilos que exigem um grave pesado e definido. Por outro lado, os `captadores Jazz Bass` (single-coil), presentes no Tagima TJB, oferecem um som mais brilhante, articulado e com um "rosnado" característico.

Eles são a escolha clássica para funk, jazz e R&B, onde a clareza e a resposta dinâmica são cruciais. A combinação de dois captadores, seja qual for o tipo, aumenta a versatilidade, permitindo misturar seus timbres.

A Influência das Madeiras no Som do Contrabaixo

  • Madeira do Corpo: Madeiras como Basswood e Poplar, comuns em instrumentos de entrada e intermediários, são leves e oferecem um timbre equilibrado. O Okoume, usado no Tagima Millenium, é similar ao Mogno, proporcionando um som mais quente e com foco nos médios-graves, o que ajuda a dar corpo ao som.
  • Madeira do Braço e Escala: O braço é quase sempre feito de Maple, uma madeira densa e estável que contribui para o sustain. A grande variação está na madeira da escala. Uma `escala em maple` (clara) produz um som mais brilhante e com ataque rápido. Escalas mais escuras como Rosewood ou compostos como Techwood oferecem um som mais quente e macio, com agudos mais suaves.

Perguntas Frequentes

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