Qual Melhor Baixo 5 Cordas: Ativo ou Passivo?

Leandro Almeida Leblanc
Leandro Almeida Leblanc
11 min. de leitura

Escolher um baixo de 5 cordas adiciona uma nova dimensão ao seu som, mas também traz dúvidas, principalmente entre modelos ativos e passivos. Este guia definitivo analisa os 10 melhores instrumentos do mercado, detalhando suas características, timbres e para qual tipo de baixista cada um é indicado.

Aqui, você encontrará informações claras para decidir qual baixo de 5 cordas se encaixa perfeitamente no seu estilo musical e no seu orçamento, sem jargões complicados.

Como Escolher o Baixo 5 Cordas Ideal?

A escolha do baixo certo depende de três fatores principais: o circuito (ativo ou passivo), as madeiras e os captadores. Um circuito ativo oferece mais controle de equalização no próprio instrumento, ideal para quem precisa de versatilidade sonora imediata.

Um circuito passivo entrega um timbre mais orgânico e vintage. Madeiras como o Alder ou Ash produzem timbres mais brilhantes, enquanto o Basswood ou Poplar são mais neutros. Os captadores são a voz do baixo: tipo Jazz Bass (J) para sons estalados, Precision Bass (P) para graves cheios, e Humbuckers para um som potente e sem ruído.

Pense no seu estilo musical e em como esses elementos se combinam para produzir o som que você procura.

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Análise: Os 10 Melhores Baixos 5 Cordas

1. Tagima TJB-5: O Clássico Jazz Bass

O Tagima TJB-5 é a escolha perfeita para baixistas que amam o timbre clássico e estalado de um Jazz Bass, mas precisam da extensão de uma quinta corda. Este instrumento é ideal para gêneros como jazz, funk, samba e pop, onde a clareza das notas e um bom ataque nos médios são fundamentais.

Sua construção com corpo em Poplar e braço em Maple segue a fórmula tradicional, entregando a sonoridade que tornou o formato Jazz Bass famoso em todo o mundo. A eletrônica passiva, com dois controles de volume e um de tonalidade, é simples e eficaz, incentivando o músico a explorar as nuances de timbre através da dinâmica do toque.

Para o músico que prefere moldar o som diretamente no amplificador ou com pedais, a simplicidade do TJB-5 é uma vantagem. Ele oferece uma plataforma sonora honesta e responsiva. Se você busca um baixo de 5 cordas para grooves marcantes e linhas de walking bass com definição, este modelo da Tagima entrega um excelente custo-benefício.

É um instrumento de trabalho confiável para quem valoriza a sonoridade passiva tradicional.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass com boa definição
  • Construção sólida para a faixa de preço
  • Controles simples e intuitivos
Contras
  • A eletrônica passiva limita a equalização direto no instrumento
  • A definição da corda Si (B) grave pode ser insuficiente para estilos muito pesados
  • Os captadores single-coil são suscetíveis a ruídos elétricos

2. Giannini GB205A: Potência Ativa Versátil

O Giannini GB205A foi projetado para o baixista moderno que precisa de potência e flexibilidade. É a escolha ideal para quem toca rock, metal, pop contemporâneo ou música gospel, estilos que frequentemente demandam um som cheio, definido e com bastante peso.

O coração deste baixo é seu circuito ativo 9V com um equalizador de 3 bandas (graves, médios e agudos), que permite esculpir o timbre com precisão para se destacar em qualquer mix.

Você pode adicionar graves profundos para uma balada ou realçar os médios para um riff agressivo, tudo diretamente nos controles do instrumento.

Seus captadores do tipo "soapbar" são humbuckers, o que significa que eles entregam um som encorpado e com o mínimo de ruído, uma grande vantagem em palcos com iluminação ou fiação elétrica problemáticas.

O corpo em Basswood contribui para um timbre equilibrado e um peso confortável. Se você busca um instrumento que oferece um som moderno e poderoso logo de cara, com ampla capacidade de ajuste, o GB205A é uma opção competitiva e robusta.

Prós
  • Circuito ativo com equalizador de 3 bandas oferece grande versatilidade
  • Captadores humbucker produzem som cheio e sem ruído
  • Ótimo para estilos musicais pesados e modernos
Contras
  • O som pode ser considerado "moderno demais" para puristas de timbres vintage
  • Exige a troca periódica da bateria de 9V para o funcionamento do circuito
  • O acabamento e o hardware podem parecer simples para músicos mais exigentes

3. Tagima Millenium 5: O Favorito dos Ativos

O Tagima Millenium 5 é um verdadeiro fenômeno no mercado brasileiro, e por um bom motivo. Este baixo é o instrumento ideal para o músico de palco ou estúdio que precisa transitar por diversos estilos musicais.

Se você toca em bandas de baile, grupos de igreja, ou precisa de um "canivete suíço" sonoro, o Millenium 5 é uma das melhores apostas. Sua combinação de dois captadores soapbar com um circuito ativo 9V oferece uma paleta de timbres vasta e utilizável, indo de sons perfeitos para slap a graves profundos e aveludados.

A construção com corpo em Okoumé e braço em Maple garante boa ressonância e uma tocabilidade confortável. O equalizador ativo é muito eficiente e permite ajustes rápidos para adaptar o som a diferentes músicas ou ambientes.

A popularidade do Millenium 5 também significa que ele tem um bom valor de revenda, o que o torna um investimento seguro para quem está começando a tocar profissionalmente ou para quem busca um segundo baixo confiável e versátil.

Prós
  • Extrema versatilidade sonora graças ao circuito ativo e captadores soapbar
  • Bom acabamento e tocabilidade confortável
  • Popularidade no mercado garante bom valor de revenda
Contras
  • O pré-amplificador pode soar um pouco estridente nos agudos quando no máximo
  • O peso pode ser um fator a considerar para apresentações muito longas
  • Dependência de bateria para funcionar

4. Seven SJB-57: Estilo Jazz Bass Acessível

O Seven SJB-57 é a porta de entrada para baixistas que sonham com um instrumento de 5 cordas no estilo Jazz Bass, mas têm um orçamento limitado. Este baixo é perfeito para o estudante ou iniciante que precisa de um instrumento funcional para aprender e dar os primeiros passos em uma banda.

Ele entrega o visual clássico e a configuração de captadores JJ que definem o som de um Jazz Bass, com a simplicidade de um circuito passivo.

Seu corpo em Basswood e braço em Maple oferecem uma base sonora neutra e uma tocabilidade adequada para a categoria de entrada. A proposta da Seven é clara: oferecer o essencial com um custo muito baixo.

Embora não concorra com modelos mais caros em termos de acabamento e qualidade de componentes, ele cumpre seu papel de ser um primeiro baixo de 5 cordas honesto. É uma tela em branco que, no futuro, pode até receber upgrades de captadores e hardware.

Prós
  • Preço extremamente acessível
  • Visual clássico do Jazz Bass
  • Ideal como primeiro baixo de 5 cordas
Contras
  • A qualidade dos captadores e do hardware é básica, com definição sonora limitada
  • Pode necessitar de uma regulagem profissional ao sair da caixa
  • A quinta corda pode soar sem corpo e com pouco sustain

5. Tagima TW-73: Timbre Vintage Passivo

Para o baixista apaixonado pela sonoridade e estética dos anos 70, o Tagima TW-73 é uma escolha fantástica. Este instrumento é direcionado a quem busca um timbre passivo, com o "rosnado" característico dos Jazz Bass daquela década, mas com o alcance extra da quinta corda.

É perfeito para soul, funk clássico, R&B e rock, onde um som com personalidade e ataque pronunciado faz toda a diferença.

A combinação do corpo em Poplar com a escala clara em Maple é um fator chave para seu timbre mais brilhante e estalado. Os captadores Tagima JJ single coil foram projetados para evocar essa sonoridade vintage.

Sendo um baixo passivo, o TW-73 responde de forma muito dinâmica ao toque do músico, permitindo uma grande expressividade. Se você valoriza a autenticidade do timbre e o visual retrô, este baixo oferece uma experiência muito gratificante.

Prós
  • Timbre vintage autêntico e com personalidade
  • Excelente apelo visual com estética dos anos 70
  • Boa resposta dinâmica ao toque
Contras
  • Sistema passivo pode não ter o ganho ou a versatilidade de equalização para estilos modernos
  • Captadores single-coil podem captar ruído em ambientes com interferência elétrica
  • A escala clara em Maple pode não agradar quem prefere a sensação de escalas mais escuras

6. Tagima TBM-5: Punch e Estilo Clássico

O Tagima TBM-5 é a escolha certa para o baixista que deseja o som icônico, agressivo e cortante popularizado pelos baixos Music Man StingRay. É o instrumento perfeito para rock, pop-rock e funk, especialmente para quem usa técnicas de slap ou palheta e precisa de um som que corte através da banda com autoridade.

O seu timbre tem uma forte presença nos médios, garantindo que cada nota seja ouvida com clareza.

O segredo do seu som está na combinação de um grande captador humbucker posicionado estrategicamente perto da ponte com um circuito ativo de 9V. Essa configuração entrega um "punch" inconfundível.

O corpo em Poplar e o braço em Maple complementam a proposta sonora, oferecendo bom sustain e ataque. Se você busca um baixo com uma identidade sonora forte e marcante, em vez de um instrumento mais neutro, o TBM-5 é uma opção poderosa.

Prós
  • Timbre poderoso com médios pronunciados, excelente para cortar a mix
  • Ideal para técnicas de slap e uso de palheta
  • Circuito ativo que oferece bom controle de equalização
Contras
  • O timbre é muito característico, o que pode limitar sua versatilidade para outros estilos
  • A posição única do captador oferece menos variações tonais que baixos com dois captadores
  • O som pode ser agressivo demais para contextos musicais mais suaves

7. Tagima Millenium 5 TOP: Acabamento Premium

O Tagima Millenium 5 TOP é direcionado ao músico que já conhece e aprecia a versatilidade da linha Millenium, mas busca um instrumento com um diferencial estético. É ideal para o baixista que se apresenta em palcos e valoriza um instrumento com visual sofisticado e que chama a atenção.

A funcionalidade e o som são os mesmos do consagrado Millenium 5, mas o acabamento é de um nível superior.

O principal atrativo desta versão é o tampo (top) em madeiras nobres e figuradas, como o Quilted Maple, que adiciona uma profundidade e beleza únicas ao instrumento. Embora a madeira do tampo possa adicionar algumas sutilezas à ressonância geral, a principal diferença é visual.

Se você está disposto a investir um pouco mais para ter um baixo que é tão bonito quanto versátil, a versão TOP é a escolha certa.

Prós
  • Acabamento premium com tampo em madeira figurada
  • Visual de instrumento de categoria superior
  • Mantém toda a versatilidade sonora da linha Millenium
Contras
  • O custo é significativamente mais elevado que a versão padrão
  • A diferença sonora em relação ao Millenium 5 padrão é sutil
  • A beleza do tampo pode gerar preocupação extra com arranhões e batidas

8. PHX MSR-5: Custo-Benefício com 5 Cordas

O PHX MSR-5 é uma ótima opção para quem procura um baixo de 5 cordas funcional com um orçamento apertado. É um instrumento indicado para iniciantes ou como um segundo baixo de backup para ensaios e pequenos shows.

Sua principal vantagem é oferecer uma configuração de captadores P-J (um Precision e um Jazz), que é conhecida por sua versatilidade.

Com essa combinação, você pode obter desde o som gordo e grave do captador do braço (P) até o timbre mais articulado e nasal do captador da ponte (J), ou uma mistura de ambos. Isso o torna um bom instrumento para explorar diferentes sonoridades sem precisar de múltiplos baixos.

A construção é simples, com corpo em Basswood e braço em Maple, focada em entregar o máximo de funcionalidade pelo menor preço.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes
  • Configuração de captadores P-J oferece boa versatilidade de timbres
  • Design moderno e confortável
Contras
  • A eletrônica e o hardware são de entrada e podem apresentar ruído
  • A definição da corda Si (B) grave é um ponto fraco, soando embolada em alguns casos
  • A qualidade de construção geral reflete o baixo custo do instrumento

9. Seven Canhoto SJB-57: Opção Para Canhotos

O Seven Canhoto SJB-57 resolve um problema crônico para baixistas canhotos: a falta de opções acessíveis. Este instrumento é a solução ideal para o músico canhoto iniciante que busca um baixo de 5 cordas no formato clássico Jazz Bass sem precisar gastar uma fortuna ou recorrer a instrumentos adaptados.

Ele oferece a mesma proposta do seu irmão para destros: simplicidade e funcionalidade a um preço baixo.

A configuração passiva com dois captadores J-Style e controles de volume e tonalidade é uma plataforma excelente para o aprendizado e para as primeiras apresentações. A existência deste modelo no mercado é um grande benefício para a comunidade de músicos canhotos, permitindo que comecem sua jornada musical em um instrumento projetado especificamente para eles, com a ergonomia e a tocabilidade corretas.

Prós
  • Uma das poucas opções de baixo 5 cordas para canhotos na faixa de entrada
  • Preço muito acessível
  • Design clássico e funcional de um Jazz Bass
Contras
  • Compartilha as mesmas limitações da versão para destros: hardware e captadores básicos
  • Pode precisar de um setup detalhado para ter uma boa tocabilidade
  • A qualidade sonora é apenas suficiente para estudo e iniciantes

10. Tagima Millenium 5 Black: Design Moderno

Este baixo é para o músico que ama a versatilidade e a performance da linha Tagima Millenium 5, mas prefere uma estética mais sóbria e agressiva. O Tagima Millenium 5 Black é ideal para baixistas de bandas de rock, metal, ou qualquer estilo que se beneficie de um visual mais "clean" e moderno no palco.

A sonoridade e a tocabilidade são exatamente as mesmas que consagraram a linha.

A única diferença reside no acabamento: uma pintura preta, geralmente fosca, que cobre todo o corpo e o headstock, acompanhada por hardware também preto. Isso confere ao instrumento uma aparência unificada e discreta.

Se a estética é um fator importante na sua escolha e você busca um visual que combine com um som moderno e potente, esta versão do Millenium é a pedida certa.

Prós
  • Visual moderno, sóbrio e agressivo com acabamento todo preto
  • Mantém a excelente versatilidade sonora da linha Millenium
  • Hardware preto complementa o design
Contras
  • O acabamento fosco tende a mostrar marcas de dedo e de uso com mais facilidade
  • O preço pode ser ligeiramente superior à versão padrão devido ao acabamento
  • É uma mudança puramente estética, sem alteração na performance sonora

Baixo Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença?

A principal diferença está na presença de um pré-amplificador interno, alimentado por uma bateria de 9V. Um **baixo ativo** possui este circuito, que permite equalizar o som (aumentar ou cortar graves, médios e agudos) diretamente no instrumento.

Ele também oferece um sinal de saída mais forte e consistente, ideal para cabos longos e para gravar direto na interface de áudio. Seu som é geralmente mais moderno, limpo e com alto brilho.

Um **baixo passivo**, por outro lado, não tem pré-amplificador. Seus controles são mais simples, geralmente um ou dois volumes e um controle de tonalidade que apenas corta os agudos.

O som é mais orgânico, quente e reage muito à dinâmica do toque do músico. A escolha depende do som que você procura e do nível de controle que deseja ter no próprio baixo.

A Importância dos Captadores e da Madeira

Os captadores e a madeira são a alma do timbre de um baixo. A madeira do corpo influencia o peso e a ressonância fundamental. Madeiras como Poplar e Basswood são leves e têm um som equilibrado, sendo comuns em instrumentos de bom custo-benefício.

O braço, geralmente em Maple, garante estabilidade e um ataque mais brilhante. A madeira da escala também importa: Maple (clara) tende a soar mais estalada e com ataque, enquanto escalas mais escuras como Techwood ou Pau-Ferro oferecem um som mais macio e aveludado.

Os captadores são os microfones que captam a vibração das cordas. Os tipos mais comuns são: **Single Coil (tipo J)**, com som brilhante e articulado, mas suscetível a ruídos; **Split Coil (tipo P)**, com som grave, gordo e sem ruído; e **Humbucker/Soapbar**, que oferece um som cheio, potente, com médios fortes e sem ruído, comum em baixos ativos.

A combinação desses elementos define a personalidade sonora do seu instrumento.

Tagima, Giannini ou Seven: Qual Marca Escolher?

Cada marca atende a um perfil de músico. A **Tagima** é a líder do mercado nacional, conhecida por oferecer uma enorme variedade de modelos com excelente relação custo-benefício, desde linhas de entrada até instrumentos de nível profissional como a série Millenium.

A **Giannini** é uma marca tradicionalíssima no Brasil, que se modernizou e hoje oferece modelos ativos competitivos, como o GB205A, com foco em um som moderno. Já a **Seven** se posiciona claramente no mercado de entrada, oferecendo instrumentos com preços muito agressivos, ideais para quem está começando e tem um orçamento bastante limitado.

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